Assuntos ligados ao HIV foram assuntos discutidos no 11º Congresso Paulista de Infectologia

Na última semana aconteceu em São Paulo o 11º Congresso Paulista de Infectologia, evento que trouxe em sua grade de programação discussões sobre o atual cenário do HIV, considerado um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. 

Durante o evento, Beatriz Grinsztejn, pesquisadora responsável pelo projeto PrEP Brasil, falou sobre a situação atual e avanço na PrEP, estratégia de prevenção que envolve a utilização diária de um medicamento antirretroviral (ARV), por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais. Seu uso correto reduz em mais de 90% o risco de aquisição da infecção. O Brasil é pioneiro na América Latina e Caribe ao adotar a PrEP como política pública.

“Considero que a PrEP é um elemento fundamental para que possamos combater a epidemia de HIV/Aids, pois somente o uso de antirretrovirais pelas pessoas que já estão infectadas não é suficiente para o controle da doença. Para nosso país é um ganho enorme que possamos ter essa técnica como uma medida de saúde pública e precisamos alcançar com ela as pessoas com maior risco de entrar em contato com o HIV”, explica a pesquisadora. 

O público que tem prioridade para receber o tratamento via SUS, que concentra maior número de casos de Aids no Brasil, são gays e homens que fazem sexo com homens (HSH), transexuais, trabalhadores/as do sexo e quem não é portador do HIV e se relaciona com uma pessoa infectada pelo vírus.

Outro tema discutido durante o 11º Congresso Paulista de Infectologia foi a erradicação do HIV em uma mesa que contou com a participação membro da diretoria da Sociedade Paulista de Infectologia Mario Peribanez Gonzalez, o especialista nacional Ricardo Sobhie Diaz e o convidado internacional Daniel C. Douek que durante sua apresentação mostrou que alcançar a cura da infecção pelo HIV requer a eliminação de todos os vírus competentes para replicação do reservatório de células infectadas de forma latente ou a inibição completa das células infectadas de emergirem da latência.

Ainda na palestra do americano foi citado o caso de Timothy Ray Brown, também conhecido como o “Paciente de Berlim”, que depois de passar por um novo tratamento de leucemia com células-tronco de um doador resistente ao HIV, desde então não apresenta traços do vírus em seu organismo. 





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